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Fones de ouvido podem prejudicar audição de 1 bilhão de jovens

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A OMS indica novas recomendações para o uso do fone e ouvido e aparelhos sonoros

Não é raro encontrar pelas ruas, em transportes coletivos e outros locais públicos jovens usando fones de ouvido. Mas o que é um passatempo e uma distração, sem o cuidado devido, pode trazer problemas na audição. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 bilhão de jovens no mundo que se expõe a sons altos por muito tempo corre o risco de desenvolver problemas auditivos. Essa estimativa é referente a população entre 12 e 35 anos.

São smartphones, iPods, MP3 e, sobretudo, o fone de ouvido, segundo a entidade, que estão contribuindo para os riscos auditivos. Diante disso, a OMS junto a União Internacional de Telecomunicações vai publicar novos padrões para a produção tecnológica, a fim de evitar os danos para a audição. Os especialistas do setor de saúde e de tecnologia estabeleceram parâmetros para serem seguidos, sobretudo na produção de celulares, uso do fone de ouvido e outros aparelhos sonoros.

Uma das recomendações é para que as empresas passem a colocar opções de limite automático de volume nos aparelhos. Outra nova indicação é para uma espécie de crédito de som por semana e, caso o usuário atinja 100%, haveria um tipo de bloqueio na capacidade de elevar o som.  

Para a fonoaudióloga da Audiovix Guilhermina Gomes as orientações da OMS são de extrema importância para a prevenção de problemas auditivos. Ela destaca que o uso indevido do fone de ouvido é o responsável por levar o maior número de pacientes jovens aos consultórios que apresentam problemas auditivos por não ajustarem corretamente o volume do som que sai do fone. 

Ao utilizar fones de ouvido, o ideal é que o volume seja ajustado em menos de 60% do máximo que pode ser alcançado. A escolha pelo modelo do fone de ouvido também deve ser priorizada. O ideal são os headphones, que cancelam o ruído externo cobrindo toda a orelha. Isso diminui a necessidade de aumentar o som para escutar melhor a música, indicou. 

O novo padrão também recomenda controle no uso de aparelhos por menores de idade. Isso pode permitir aos pais estabelecerem um limite máximo de som que um aparelho de som pode gerar para uma criança e que ela não o possa modificar. 

Os softwares também podem ser outros aliados a exposição excessiva ao som alto. As novas instruções é para que eles possam medir e calcular o percentual do dia. Smartphones e outros aparelhos de som devem incluir um software que monitore o nível da exposição do usuário ao som, conforme indica a OMS.  Haveria, portanto, opções para que o aparelho indique quais são os usos seguros do nível de música. Para adultos, se o nível de som ficar abaixo dos 80 decibéis, é possível ouvir música em segurança por até 40 horas por semana. Qualquer nível acima dessas taxas seria alvo de um alerta e mesmo de uma interrupção do uso do som nos aparelhos.

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